Vitória justa castiga anti-jogo

F.Vinhos 1-Biblioteca 0

Campo do F.Vinhos
Árbitro: Ricardo Martinho (AF.Leiria)

Desportiva F.Vinhos: Telmo; Bruno, Renato, Toni, Catrau, Tó Alves (“Capitão”), João Pais, Camisas, Tendinha, Beto e Ferraz.

Substituições: Bruno por Ricardo Pires (21’); Tendinha por Futre (65’) e Beto por Matine (79’).

Suplentes não utilizados: Eduardo; Joel, Russo e Paulo Nunes.

Biblioteca: Nuno Saraiva; Joaquim Pombeira, Telmo Silva, Nuno Graça, Hugo Marques, Paulo Ganau (“Capitão”), Bruno Bento, Carlos Carapau, Nuno Santos, Bruno Condeixa e Luís Batista.

Substituições: Nuno Santos por Luís Sousa (62’), Bruno Bento por Valter Bernardo e Luís Batista por Pedro Silva.

Suplentes não utilizados: João Ferreira; Dário Veríssimo, Nélio Santos, Filipe Mafra.

Um golo de Matine no penúltimo minuto dos descontos fez justiça no marcador, garantindo os justificados três pontos para a equipa da casa e castigando o anti-jogo visitante.Sem ter feito um grande jogo, a Desportiva foi a única equipa que procurou a vitória, ao contrário da Biblioteca que veio nitidamente jogar para o empate, acreditando que um possível contra-ataque fizesse o milagre, contando para tal com o perigoso Luís Batista, que desta feita se mostrou desinspirado.Na primeira parte, Telmo foi um mero espectador, já que os visitantes não fizeram nenhum remate. No entanto, a Desportiva embora com o domínio do jogo, não dispôs de oportunidades flagrantes para marcar, pelo que se justificava o nulo que as equipas levaram para as cabines no intervalo.A equipa da casa acusava a ausência – por lesão – do seu “capitão”, Zé Napoleão e via os seus problemas aumentados logo aos 21’, com a lesão do lateral Bruno.Na segunda parte, a história repetiu-se, com a Desportiva a dominar - sem grande perigo, e a Biblioteca remetida ao seu meio-campo e a espreitar o contra-ataque.Nos últimos 10 minutos, coincidindo com a entrada de Matine, a Desportiva intensificou o ataque e as jogadas de perigo sucederam-se junto á baliza de Nuno Saraiva.Matine - que acabou por ser a figura do jogo - dispôs de duas excelentes oportunidades para abrir o marcador, mas sem êxito: na primeira, aos 85’, rematou por cima da barra depois de uma defesa apertada do guarda-redes visitante; aos 88’, desferiu um remate forte e colocado à entrada da área, que acabou por esbarrar na muralha defensiva, já dentro da pequena área.Finalmente, aos 93’ (o árbitro tinha dado 4 minutos de desconto), na melhor jogada do encontro, Matine apareceu solto no coração da pequena área e não perdoou face ao desamparado Nuno Saraiva. Mas, vale a pena descrever o lance desde, ainda, junto á linha do meio-campo: Futre faz uma excelente recepção de um passe longo, levanta a cabeça e desmarca Ferraz para a lateral direita, o experiente avançado figueiroense finta o seu marcador directo, vai á linha de fundo e descobre Matine nas costas do guarda-redes adversário, metendo-lhe a bola com precisão, de modo a que Matine “apenas” teve que encostar o pé para o merecido golo da vitória.No final, resultado justo que premeia a única equipa que procurou a vitória e castiga a falta de ambição forasteira.

Boa arbitragem de Ricardo Martinho.

Carlos Santos (Jornal A Comarca)