JOGO: MARRAZES 2-1 BENEDITENSE
Árbitro: Carlos Amado
Marcadores: André Braz (23´g.p), Seco (66'); João Simões (90´+1)
EQUIPAS:
Jogo interessante esta tarde entre Marrazes e Beneditense. Diria mesmo que, exceptuando os primeiros 15 minutos de jogo, até podemos adjectivar esta partida como boa, isto se tivermos em linha de conta que estamos obviamente a falar de um jogo da distrital.
Entrou melhor a equipa da Benedita. Não porque se tenha superiorizado ao seu opositor em termos de jogo jogado mas sim pelo facto de, no espaço de 20 minutos, ter criado três ocasiões de golo, tendo sido duas delas através de bolas paradas. Curiosamente, todas essas situações de perigo tiveram o mesmo interveniente: o avançado João Simões. Aos 2´ falhou escandalosamente na cara de Cacola; aos 17, cabeçeou à vontade na área mas longe do alvo; aos 21´, na sequência de um canto, apareceu ao segundo poste e, de cabeça, não aproveitou a saída temerária do guarda-redes marrazense.
Pelo exposto, é facilmente entendível que o Marrazes, mesmo a jogar perante o seu público, demorou e muito a entrar no jogo. Provavelmente, uma das causas para essa apatia incial terá sido as muitas novidades que o técnico dos Marrazes introduziu para este jogo. Jogar com um médio centro como lateral direito (Parreira) e um central (Lourenço) adaptado a lateral esquerdo, naturalmente que fez com que as alas dos da casa revelassem pouca ligação, nomeadamente a nível ofensivo. Depois, no meio-campo, mais uma novidade. Márcio, um atleta formado no clube, foi "lançado às feras" e, apesar de ter feito um bom jogo, naturalmente que, nos minutos iniciais, acusou algum nervosismo, algo que é natural.
O minuto 22 do jogo foi aquele que coincidiu com a viragem do encontro. Nuno Sousa cruzou muito bem da esquerda e Miguel, rodando bem sobre o central, rematou de pé esquerdo obrigando Paulo a defesa apertada. Se ainda não tinhamos visto o Marrazes em situações de ataque, este primeiro momento galvanizou a equipa.
Dois minutos depois de ter ameaçado, o conjunto visitado marcou mesmo. Numa jogada aparentemente sem perigo, o árbitro Carlos Amado descortinou uma falta do central Rodrigo sobre o avançado Bocas. Como não existem pequenas ou grandes faltas, o árbitro, no meu entender, esteve bem já que houve, de facto, um puxar de camisola ao avançado do Marrazes.
Na transformação do castigo máximo, o capitão André Braz, com muita tranquilidade, rematou colocado e fez o primeiro do jogo. Estando o jogo a ser desenvolvido praticamente a meio-campo, diria que o golo apareceu sem nada o fazer prever.
Até ao final do primeiro tempo, tivemos sempre mais Marrazes do que Beneditense. A equipa forasteira acusou o golo e não mais conseguiu acercar-se das redes de Cacola. Por sua vez, o Marrazes desinibiu-se, começou a explorar de uma melhor forma as alas e até dispôs de uma excelente ocasião para ampliar a vantagem, isto numa jogada de contra-ataque. Seco, pela direita, passou de forma bastante rápida pelo seu opositor directo e, de imediato, procurou servir o avançado Bocas. Pois bem, caso a bola tivesse chegado ao avançado - mérito para o último defesa que evitou o pior para a sua equipa -, não tenho dúvidas que Bocas faria o segundo do jogo. Assim não aconteceu e o intervalo chegou com uma vantagem mínima para os caseiros.
A etapa complementar foi ainda melhor que a primeira parte, apenas com a semelhança de termos tido uma má reentrada das duas equipas. Os primeiros 15 minutos do segundo tempo foram pouco interessantes.
A partir desse período de jogo, apetece-me dizer que só houve uma equipa em campo e foi precisamente os Marrazes. O mais curioso é que essa superioridade dos visitados surgiu contra todas as expectativas. E explico porquê. Aos 65 minutos, Bocas envolveu-se com dois jogadores da Benedita e, segundo o árbitro, terá mesmo agredido um adversário. Carlos Amado terá visto algo incorrecto e expulsou o avançado. Pois bem, poder-se-ia pensar que seria um grande revés nas aspirações dos Marrazes. Contudo, as "contas" sairam precisamente ao contrário. Se já havia pouco Beneditense, a partir daqui deixou de existir por completo. É bom salientar que dois minutos depois do vermelho de Bocas, o Marrazes chegou ao 2-0 e quebrou o ânimo do Beneditense. Contudo, mesmo assim, esperava-se mais de uma equipa com uma unidade a mais e a jogar com esse benefício 23 minutos.
Importa salientar a jogada que originou o segundo golo do jogo. Grande jogada de Rocha, jogador que havia entrado para o lugar do lesionado Lourenço - Nuno Sousa foi para lateral esquerdo -, que isolou de forma primorosa o rapidíssimo Seco. O número 7, na cara de Paulo, escolheu um lado e foi feliz.
Até final, reforçando a ideia que havia referido, houve sempre mais Marrazes em jogo do que Beneditense. Aliás, o 3-0 esteve perto de acontecer por duas ou três vezes. Recordo-me, por exemplo, de um chapéu de Márcio ao guarda-redes Paulo que só não teve êxito porque apareceu um defesa a tirar o golo em cima da linha. Já a equipa da Benedita, apesar de todas as tentativas do seu treinador em mudar o rumo dos acontecimentos - acabou o jogo em 3-4-3 e com alas muito rápidos -, foi francamente inconsequente em quase todas as suas jogadas. Digo "quase todas" porque ao minuto 91, já com o jogo perto do seu terminus, João Simões, o mais inconformado dos forasteiros em toda a partida, rematou cruzado e (finalmente) bateu Cacola.
O resultado acabou mesmo por fixar-se num triunfo (2-1) dos Marrazes, num jogo entretido e bem conseguido da equipa da casa que assim conquistou a primeira vitória no campeonato.
DESTAQUES:
MARRAZES:
ANDRÉ BRAZ: Grande jogo do central marrazense. Formou com Portugal uma dupla sólida no centro da defesa. O seu companheiro também esteve muito bem mas Braz, pelo golo que marcou, merece esta distinção.
NUNO SOUSA: Nota também muito positiva para Nuno Sousa que tanto a ala como a lateral cumpriu o seu papel e mostrou-se sempre disponível sob ponto de vista físico.
BENEDITENSE:
ALEXANDRE: Bom jogo deste central. Apesar de bastante alto, não me pareceu ser nada "tosco" este atleta. Muito forte no jogo aéreo e relativamente bom com a bola nos pés.
JOÃO SIMÕES: Foi, sem dúvida, o mais inconformado da turma Beneditense. Excelente a jogar de costas para a baliza, revelou pormenores de grande avançado. Não é daqueles que dá nas vistas por fazer excelentes fintas ou grandes arrancadas mas é um jogador muito inteligente na ocupação dos espaços e na forma como trabalha em prol da equipa.
Árbitro: Carlos Amado
Marcadores: André Braz (23´g.p), Seco (66'); João Simões (90´+1)
EQUIPAS:
Jogo interessante esta tarde entre Marrazes e Beneditense. Diria mesmo que, exceptuando os primeiros 15 minutos de jogo, até podemos adjectivar esta partida como boa, isto se tivermos em linha de conta que estamos obviamente a falar de um jogo da distrital.
Entrou melhor a equipa da Benedita. Não porque se tenha superiorizado ao seu opositor em termos de jogo jogado mas sim pelo facto de, no espaço de 20 minutos, ter criado três ocasiões de golo, tendo sido duas delas através de bolas paradas. Curiosamente, todas essas situações de perigo tiveram o mesmo interveniente: o avançado João Simões. Aos 2´ falhou escandalosamente na cara de Cacola; aos 17, cabeçeou à vontade na área mas longe do alvo; aos 21´, na sequência de um canto, apareceu ao segundo poste e, de cabeça, não aproveitou a saída temerária do guarda-redes marrazense.
Pelo exposto, é facilmente entendível que o Marrazes, mesmo a jogar perante o seu público, demorou e muito a entrar no jogo. Provavelmente, uma das causas para essa apatia incial terá sido as muitas novidades que o técnico dos Marrazes introduziu para este jogo. Jogar com um médio centro como lateral direito (Parreira) e um central (Lourenço) adaptado a lateral esquerdo, naturalmente que fez com que as alas dos da casa revelassem pouca ligação, nomeadamente a nível ofensivo. Depois, no meio-campo, mais uma novidade. Márcio, um atleta formado no clube, foi "lançado às feras" e, apesar de ter feito um bom jogo, naturalmente que, nos minutos iniciais, acusou algum nervosismo, algo que é natural.
O minuto 22 do jogo foi aquele que coincidiu com a viragem do encontro. Nuno Sousa cruzou muito bem da esquerda e Miguel, rodando bem sobre o central, rematou de pé esquerdo obrigando Paulo a defesa apertada. Se ainda não tinhamos visto o Marrazes em situações de ataque, este primeiro momento galvanizou a equipa.
Dois minutos depois de ter ameaçado, o conjunto visitado marcou mesmo. Numa jogada aparentemente sem perigo, o árbitro Carlos Amado descortinou uma falta do central Rodrigo sobre o avançado Bocas. Como não existem pequenas ou grandes faltas, o árbitro, no meu entender, esteve bem já que houve, de facto, um puxar de camisola ao avançado do Marrazes.
Na transformação do castigo máximo, o capitão André Braz, com muita tranquilidade, rematou colocado e fez o primeiro do jogo. Estando o jogo a ser desenvolvido praticamente a meio-campo, diria que o golo apareceu sem nada o fazer prever.
Até ao final do primeiro tempo, tivemos sempre mais Marrazes do que Beneditense. A equipa forasteira acusou o golo e não mais conseguiu acercar-se das redes de Cacola. Por sua vez, o Marrazes desinibiu-se, começou a explorar de uma melhor forma as alas e até dispôs de uma excelente ocasião para ampliar a vantagem, isto numa jogada de contra-ataque. Seco, pela direita, passou de forma bastante rápida pelo seu opositor directo e, de imediato, procurou servir o avançado Bocas. Pois bem, caso a bola tivesse chegado ao avançado - mérito para o último defesa que evitou o pior para a sua equipa -, não tenho dúvidas que Bocas faria o segundo do jogo. Assim não aconteceu e o intervalo chegou com uma vantagem mínima para os caseiros.
A etapa complementar foi ainda melhor que a primeira parte, apenas com a semelhança de termos tido uma má reentrada das duas equipas. Os primeiros 15 minutos do segundo tempo foram pouco interessantes.
A partir desse período de jogo, apetece-me dizer que só houve uma equipa em campo e foi precisamente os Marrazes. O mais curioso é que essa superioridade dos visitados surgiu contra todas as expectativas. E explico porquê. Aos 65 minutos, Bocas envolveu-se com dois jogadores da Benedita e, segundo o árbitro, terá mesmo agredido um adversário. Carlos Amado terá visto algo incorrecto e expulsou o avançado. Pois bem, poder-se-ia pensar que seria um grande revés nas aspirações dos Marrazes. Contudo, as "contas" sairam precisamente ao contrário. Se já havia pouco Beneditense, a partir daqui deixou de existir por completo. É bom salientar que dois minutos depois do vermelho de Bocas, o Marrazes chegou ao 2-0 e quebrou o ânimo do Beneditense. Contudo, mesmo assim, esperava-se mais de uma equipa com uma unidade a mais e a jogar com esse benefício 23 minutos.
Importa salientar a jogada que originou o segundo golo do jogo. Grande jogada de Rocha, jogador que havia entrado para o lugar do lesionado Lourenço - Nuno Sousa foi para lateral esquerdo -, que isolou de forma primorosa o rapidíssimo Seco. O número 7, na cara de Paulo, escolheu um lado e foi feliz.
Até final, reforçando a ideia que havia referido, houve sempre mais Marrazes em jogo do que Beneditense. Aliás, o 3-0 esteve perto de acontecer por duas ou três vezes. Recordo-me, por exemplo, de um chapéu de Márcio ao guarda-redes Paulo que só não teve êxito porque apareceu um defesa a tirar o golo em cima da linha. Já a equipa da Benedita, apesar de todas as tentativas do seu treinador em mudar o rumo dos acontecimentos - acabou o jogo em 3-4-3 e com alas muito rápidos -, foi francamente inconsequente em quase todas as suas jogadas. Digo "quase todas" porque ao minuto 91, já com o jogo perto do seu terminus, João Simões, o mais inconformado dos forasteiros em toda a partida, rematou cruzado e (finalmente) bateu Cacola.
O resultado acabou mesmo por fixar-se num triunfo (2-1) dos Marrazes, num jogo entretido e bem conseguido da equipa da casa que assim conquistou a primeira vitória no campeonato.
DESTAQUES:
MARRAZES:
ANDRÉ BRAZ: Grande jogo do central marrazense. Formou com Portugal uma dupla sólida no centro da defesa. O seu companheiro também esteve muito bem mas Braz, pelo golo que marcou, merece esta distinção.
NUNO SOUSA: Nota também muito positiva para Nuno Sousa que tanto a ala como a lateral cumpriu o seu papel e mostrou-se sempre disponível sob ponto de vista físico.
BENEDITENSE:
ALEXANDRE: Bom jogo deste central. Apesar de bastante alto, não me pareceu ser nada "tosco" este atleta. Muito forte no jogo aéreo e relativamente bom com a bola nos pés.
JOÃO SIMÕES: Foi, sem dúvida, o mais inconformado da turma Beneditense. Excelente a jogar de costas para a baliza, revelou pormenores de grande avançado. Não é daqueles que dá nas vistas por fazer excelentes fintas ou grandes arrancadas mas é um jogador muito inteligente na ocupação dos espaços e na forma como trabalha em prol da equipa.
PS: Esta crónica foi feita conjuntamente com o blog MUNDO DA BOLA (http://gdsa.blogspot.com)
antónio paiva respira dalivio..."puxa ganhei um joguito...há anos keu não via isto"...lol
ResponderEliminarPaiva nao tem classe para treinar os Marrazes
ResponderEliminarRocha , parabéns pelo artigo , está excelente .
ResponderEliminarMais dia menos dia o guarda redes é o melhor avançado. Paiva mete os jogadores a jogarem nas posições deles onde rendem. No futebol já está tudo inventado
ResponderEliminarQeq se passou com o diogo oliveira?
ResponderEliminarem Pgd tava d muletas
Tanque, tentei passar para o blog aquilo que vi. Obrigado pelas palavras...
ResponderEliminarFaltou dizer que o campo dos Marrazes estava uma miséria. Os inumeros buracos criados pelo pelado criaram muitas dificuldades aos atletas.
Se profissionais se queixam das más condições da relva, então que dizer de amadores que jogam em pelados bem piores que o mais mal tratado relvado que possa existir.
Saudações desportivas!
o diogo está operacional à duas jornadas atrás mas não tem sido opção.
ResponderEliminarCarlos Gonzaga é o Twix..
ResponderEliminarsclmarrazesjovem.blogspot.com
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