O relógio marcava 55 minutos quando o jogo da divisão de honra distrital entre o Biblioteca e o Marrazes, de domingo passado, foi interrompido por decisão do árbitro da partida.
Na origem da decisão do juiz estará um lance de contra-ataque do Marrazes que foi assinalado como golo. A equipa de Valado dos Frades contestou a decisão e seguiram-se uma série de expulsões e consequente interrupção do encontro, alegando o árbitro “falta de condições de segurança para realizar o resto do jogo”.
Na origem da decisão do juiz estará um lance de contra-ataque do Marrazes que foi assinalado como golo. A equipa de Valado dos Frades contestou a decisão e seguiram-se uma série de expulsões e consequente interrupção do encontro, alegando o árbitro “falta de condições de segurança para realizar o resto do jogo”.
“A bola não chegou a entrar na baliza e nem os jogadores do Marrazes festejaram o golo, porque ele não existiu. Como é que é possível que tenham marcado golo é que nós não percebemos”, diz Paulo Machado, do BIR/Valado dos Frades.
O clube, ainda no dia do jogo, enviou uma exposição para a Associação de Futebol de Leiria, a solicitar uma reunião para “esclarecer o que acabou de acontecer”.
Após a interrupção, os delegados terão ainda sido chamados ao balneário do árbitro, onde este os informou “que tinha expulso seis jogadores” e não podia continuar o encontro, revela o documento enviado para a associação. “Facto este que não ocorreu e logicamente que o nosso delegado não assinou a ficha de jogo. Perante isto, o árbitro ainda levou todos os cartões (propriedade dos clube/atletas, foram pagos por nós)”, revela o mesmo documento.
Para o dirigente do BIR, “não há razão para o sucedido” e, apesar de admitir que alguns jogadores possam ter utilizado uma linguagem menos própria, entende que “havia condições” para prosseguir com a partida.
Do jogo resultaram seis jogadores expulsos e foram castigados com dois e três jogos de suspensão e não poderão acompanhar a equipa a Ansião, na próxima jornada, pelo que o clube deverá recorrer a atletas juniores para poder realizar o jogo. Por agora, não está em causa a continuidade da equipa, mas o dirigente confessa que “tudo está em aberto”, até à conclusão do processo disciplinar que foi instaurado ao clube.
Marina Guerra - Região de Leiria