João Pedro foi o "rei" do "Carnaval" de Ansião

Ansião 5 - Grap/Pousos 1

Jogo no Campo da Mata, em Ansião

Arbitragem: Hugo Pires, auxiliado por Rui Figueiredo e Pedro Figueiredo

CC ANSIÃO: Nuno Aguiar; Linas, Zé António, Rogério Fazenda (cap.) (Pedro Neves, 80’) e Eduardo (Jorge Fazenda, 72’); Telmo, Pernadas e Bajedas; Robson, Ruizito e Rui Valente (João Pedro, 59’).

TR: Ricardo Silva

Não utilizados: Marco, Palhais, Samuel e Poquinha.

GRAP POUSOS: Bruno; Ibraim, Roda, Brice (Fábio Martins, 70’) e Solá; JP (Fred, 70’), Tiks e Zeca; Alex (Joãozito, 55’), Nelson e Miguel.

TR:Pedro Correia

Não utilizados: Tiago, Rato e João Vasco.

Golos: 1-0, Brice (61’, p.b.); 2-0, Robson (60’); 3-0, Bajedas (76’); 3-1, Roda (88’); 4-1, João Pedro (89’) e 5-1, João Pedro (90’+3’).

Disciplina: Cartão amarelo a Rogério Fazenda (77’) e Fábio Martins (76’)

O CC Ansião carimbou o apuramento para os quartos de final da Taça Distrital de Leiria, depois de receber e golear o GRAP Pousos por 5-1. Um triunfo sem margem para dúvidas dos detentores do ceptro, que no entanto, apenas na última meia hora puxaram dos galões. Um período que coincidiu com a entrada do endiabrado João Pedro, que esteve “só” nos cinco golos ansianenses e ainda sofreu uma falta para penalty, não assinalada. Foi um jogo muito incaracterístico aquele que se disputou no Campo da Mata. Quem assistisse só à primeira metade e início da segunda nunca imaginaria um resultado como o que se verificou.Apesar do CC Ansião sempre ter assumido mais posse de bola, fazendo valer o estatuto de equipa de divisão superior a jogar em casa, a verdade é que o GRAP Pousos foi uma agradável surpresa, surgindo num 4-3-3 muito compacto, que encaixou no esquema do CC Ansião e redundou num jogo equilibrado.À excepção de um cabeceamento de Rogério Fazenda à passagem do minuto 12, a que Bruno se opôs em grande estilo e de uma outra cabeçada de Ruizito, aos 16, poucas ou nenhumas foram as ocasiões de golo. A chuva que se fez sentir de forma vigorosa também não ajudou, tornando certas zonas do campo quase impraticáveis.Ao intervalo a igualdade era justa e premiava a boa prestação dos forasteiros, apostados em fazer uma surpresa.A segunda metade trouxe um GRAP Pousos ainda mais espevitado que aos 58 minutos teve enorme chance para fazer funcionar o marcador. Miguel surge completamente isolado na área ansianense, mas cabeceia mal e ao lado da baliza do regressado Nuno Aguiar.Aos 59 minutos o jogo mudou como que “do dia para a noite” e muito por culpa da entrada de João Pedro, que foi absolutamente decisivo. Logo aos 61 surge como uma flecha pela esquerda, cruza tenso e “obriga” Brice a um corte arriscado, que terminou dentro da sua própria baliza. A partir daqui o GRAP como que deixou de existir. Foi de facto um duro golpe para uma equipa que gerira sem problemas a primeira hora de jogo. Mas o pior estaria para vir, pois além do golpe anímico pareceu-nos também que aconteceu o “berro” físico dos homens de Pousos.Aos 63, 66 e 67 minutos, Ruizito por duas vezes e Telmo perderam golos fáceis na cara de Bruno. Aos 69 o 2-0 para os homens da casa. Canto de João Pedro e Robson a cabecear estranhamente à vontade para o fundo das redes. Pouco depois João Pedro, completamente isolado, prepara-se para rematar mas é derrubado. Penalti claro que Hugo Pires não descortinou. Aos 76 minutos novamente e sempre João Pedro em evidência, desta feita batendo bem um livre frontal que Bruno não segura e Bajedas aproveita para dilatar a marca.O jogo estava fácil demais para o CC Ansião, que transformava qualquer jogada de ataque em lance de golo iminente. Aos 85 minutos Ruizito, com um toque de calcanhar primoroso, isola Robson que “estoura” à trave.O Pousos também arriscava na frente e marcaria o golo de honra à passagem do minuto 88. Roda aproveita enorme fífia da defensiva ansianense e reduz. Mas seria “sol de pouca dura”, já que no minuto seguinte o homem do jogo voltava à carga. Desta feita é Ruizito a disparar cruzado, com a bola a parar na água e João Pedro a encostar para o 4-1. A festa só terminaria ao 3 minuto de descontos, quando João Pedro (quem mais?) marca um livre lateral muito tenso com a bola a entrar directamente sem que ninguém lhe tocasse.A arbitragem de Hugo Pires e seus auxiliares roçou a nota máxima num jogo fácil de dirigir. Apenas lhe anotamos um erro, quando não assinalou um penalti claro a favor dos homens da casa.

Marco Marques