Reportagem do Região de Leiria sobre o actual estado do futebol distrital feminino
O futebol 11 feminino não morreu no distrito de Leiria, mas está moribundo. A equipa mais representativa da região, o Monte Real, terminou com a modalidade no início da época. O Belenenses, onde jogam as últimas resistentes, não se inscreveu no campeonato nacional da II divisão por dificuldades financeiras. A solução foi encontrada fora das fronteiras do distrito, em Santarém. Tempos houve em que o número de futebolistas femininas inscritas na Associação de Futebol de Leiria (AFL) chegava às centenas. Na última época, eram só 36. Actualmente não há nenhuma atleta sénior inscrita. Em Monte Real, a pré-época ainda teve início. Mas, segundo Clara Pires, ex-jogadora e dirigente do clube, as dificuldades para formar uma equipa competitiva para o campeonato nacional determinaram o fim do futebol feminino, após mais de uma década de actividade. “Grande parte das nossas jogadoras com maior experiência está a estudar ou a trabalhar fora da região e era difícil disputar uma prova só com atletas muito jovens e inexperientes”, esclarece. Sem dinheiro para participar nas provas nacionais e sem equipas “vizinhas” para disputar um campeonato distrital em Leiria, os dirigentes do Belenenses, da Marinha Grande, depararam-se com um situação difícil. “Podíamos ter acabado com o futebol feminino. Mas esta modalidade existe há cerca de 30 anos no clube. Procurámos um solução e encontrámo-la em Santarém”, explica Amadeu Bernardino, presidente da colectividade marinhense. Neste momento, adianta “a nossa equipa disputa o torneio de abertura em futebol 7, mas em Março o campeonato distrital de Santarém [em futebol 11] tem início e nós vamos participar”. Júlio Vieira, presidente da AFL, lamenta o fim do futebol feminino no distrito. Porém, lembra que não foi por falta de apoio da associação. Reunimos com os clubes que tiveram a modalidade para que a reactivassem. Oferecemo-nos mesmo para pagar bolas e equipamentos, mas não resultou”, diz, avançando que parte da resolução do problema passa pelo aparecimento de mais mulheres no movimento associativo. No entanto, Júlio Vieira recorda que, em contrapartida, o número de praticantes de futsal tem crescido. “Há um fenómeno contrário. As equipas de futsal aumentam todas as épocas e o número de atletas também”, refere.
Trocar o pó dos pelados pelo “conforto” do pavilhão
Um década depois Rita Alexandra “trocou” as botas com pitons, a lama e o pó dos pelados por uns sapatos desportivos mais apropriados aos pisos de futsal. O final do futebol 11 em Monte Real assim o determinou. Desde o início da época que treina e joga pelo Carreirense, da I divisão distrital. “Tinha duas opções: deixava de jogar ou encontrava outra solução. Foi isso que fiz.”, conta. No entanto, Rita Alexandra, quando questionada sobre se voltaria a jogar futebol 11 caso tivesse oportunidade, não tem dúvidas. “Se fosse na região não olhava para trás”.Rita Alexandra não foi a única jogadora do Monte Real a optar pela versão “indoor”. Pelo menos duas companheiras, segundo a própria atleta, seguiram o mesmo caminho. “Tal como eu, também gostam de jogar e a solução foi a mesma, o futsal”, diz. A jogadora considera que a falta de apoios foi determinante para o fim da modalidade no distrito de Leiria. “Não há apoios e os clubes sozinhos não conseguem manter a situação”, afirma.
è muito mau,logo agora que o distrito tem na selecção nacional a inês e carolina da golpiheira e a tita de ansião!
ResponderEliminara meu ver acho que se perdeu muito talento no futebol 11, maior parte das pessoas so vem o futsal, o que nao é bom, ha muito boas jogadoras e muitas equipes de futsal, porque nao ir busca-las e voltar a ter o futebol 11?? Mas tambem quem sou eu para falar, sai do futebol 11 porque a equipe acabou, so este ano é que voltei aos campos, mas no futebol 7.
ResponderEliminarSe acham que nao ha capacidade de ter equipes de futebol 11 porque nao apostam mais no futebol 7?? afinal é semelhante ao futsal, apenas com umas diferenças pequenas.