Estádio Municipal Afonso Lacerda, em Figueiró dos Vinhos
Árbitro: Élio Simões.
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Treinador: João Almeida.
David Nogueira, Filipe, Renato Quintas, Carlos, Joel Silva, Matine, Rafael, Tiago Silva, David Gouveia (João Graça, 71m), Tiago Ramalho, Ricardo Fernandes (Roberto, 81m).
Suplentes: Nélson, Ricardo, António Alves, João Pedro, Bruno André.
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Treinador: Pedro Solá.
Pedro Nunes, Tuga, Marco Roda, Ricardo Pontes, Fábio Martins, Rachida, André Martins, Joel, Pedro Li (Pedro Neves, 54m), Eurico (João Silva, 82m) e Ferraz (Diogo Mehnana, 72m).
Suplentes: João Monteiro, David Parreira, Tiago Oliveira e Pedro Roda.
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Ao intervalo: 2-2.
Golos: 1-0 por Tiago Ramalho (18m); 2-0 por David Gouveia (26m); 2-1 por André (37m); 2-2 por Ricardo Pontes (44m); 3-2 por Carlos (90+4m).
Acção Disciplinar: Cartão amarelo a Matine, Joel Silva, Ricardo Fernandes, Tiago Silva, Carlos Lima (Fig. Vinhos); Fábio Martins, Diogo Mehnana, André (GRAP). Cartão vermelho directo para António Alves (Fig. Vinhos).
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O GRAP somou a segunda derrota consecutiva na Divisão de Honra, desta feita aos pés de um Figueiró dos Vinhos que soube adaptar-se melhor às condições adversas do terreno de jogo tendo em conta a muita chuva que caiu no Norte do distrito.
Frente a frente estavam duas equipas a realizarem boas campanhas no campeonato, começando melhor a equipa da casa que poderia ter chegado ao golo depois de uma falha de Ricardo Pontes a deixar o avançado do Figueiró em boa posição, contudo o guarda-redes Pedro Nunes evitou males maiores.
Numa primeira parte equilibrada e muito disputada a meio-campo, a formação da casa voltou a ser mais afoita em termos ofensivos e foi recompensada com um golo aos 18 minutos. Após um livre descaído para a direita, a bola foi colocada ao segundo poste com Ricardo Pontes a falhar a intercepção, facto que foi aproveitado por Tiago Ramalho para 'pentear' para o fundo da baliza em que Pedro Nunes também não fica isento de culpas.
A resposta do GRAP foi imediata e num livre apontado por Joel, Marco Roda apareceu a cabecear com muito perigo, mas ao lado da baliza. Quem teve a pontaria mais afinada foi David Gouveia que, aos 26 minutos, aumentou a vantagem do Figueiró para 2-0, com um remate de primeira já quase sem ângulo.
Com o 2-0 no marcador pensar-se-ia que o jogo estava resolvido, mas a turma de Pedro Solá mostrou que ainda tinha uma palavra a dizer. À passagem da meia hora de jogo o GRAP dispôs de três boas oportunidades para marcar, com Rachida a fazer brilhar David Nogueira e Eurico a baralhar a defensiva da casa. Após tanta insistência, o GRAP chegou mesmo ao golo através de uma bola lançada em profundidade para Eurico que ganhou o lance em velocidade e cruzou para Pedro Li que falha o remate. Contudo, a bola sobrou para André que rematou de 'bico' para o 2-1.
Galvanizada, a equipa de Pousos chegou ao empate ainda antes do intervalo. Na sequência de um canto, a bola é cortada por um defesa do Figueiró com a mão com o esférico a sobrar para Ricardo Pontes que, à meia volta, rematou para o golo já dentro da área de baliza.
Na segunda parte, o futebol praticado perdeu qualidade muito por culpa do mau estado do terreno. Nesta etapa, o GRAP apostou no futebol directo, mas sem resultados práticos, enquanto o Figueiró acomodou-se no seu meio reduto, segurando o resultado.
Eurico e Ferraz ainda estiveram perto do golo para o GRAP, mas seria mesmo o Figueiró a criar um dos melhores lances de golo, a cinco minutos do fim. Já no período de descontos, a equipa da casa chegou à vitória numa bola bombeada para a área e, depois de vários cortes incompletos da defesa do GRAP, a bola sobra para Carlos que, junto ao poste, encostou para o 3-2 final, num lance que deixa algumas dúvidas por alegado fora-de-jogo do autor do golo.
Vitória feliz da equipa da casa que soube adaptar-se melhor às condições do terreno, contra um GRAP que cometeu demasiadas falhas individuais com custos elevados nas contas finais.
José Roque (Diário de Leiria)