3ª Eliminatória da Taça Distrital de Leiria

PRAIA DA VIEIRA 0 - U.SERRA 2

Campo dos Pescadores, na Praia da Vieira
Árbitro: Domingos Lavinha, do CRA da AF Leiria

Praia da Vieira: Gil; Cacau, Márcio Lemos, Nuno Fèteira 'Lota' e Telmo Renato (Alex, aos 87 minutos); Mauro; Simão Estrada, Vando e Tito (Zéquinha, aos 50 minutos); Nuno Rodrigues (Cap.) e Mulato (Trobi, aos 66 minutos) .
Treinador: Bruno Ramusga
União da Serra: Nelson; Delgado, Parracho, João e Ricardo; Flávio; Neto (Cap., depois Hugo, aos 64 minutos), Humberto (Zim, aos 57 minutos) e Norberto; Niné (Paulo Sousa, aos 81 minutos) e Fábio.
Treinador: Francisco Mota.
Golos: 0-1, Delgado, aos 45+2 minutos; 0-2, Niné, aos 80 minutos.
Acção disciplinar: cartões amarelos para Márcio Lemos (58 m) e João (76 m)
Este foi um daqueles jogos que poderia ter contado com uma história diferente, caso o Praia da Vieira não se tivesse visto privado dos dois seus elementos atacantes - Rogério Batalha e Ricardo Paulo - que nesta partida não puderam dar o seu contributo à equipa. Não porque os praienses tenham feito um jogo do outro mundo, a quem faltou finalização, mas sim porque o União da Serra esteve numa tarde francamente apática, essencialmente no capítulo das transições defesa/ataque. Ou então, se quisermos ver 'a coisa' pelo ângulo inverso, o Praia da Vieira esteve muito bem defensivamente, conseguindo, em grande parte do tempo, impedir as incisões ofensivas do seu adversário que, repetimos, nesse aspecto se mostrou pouco inspirado. Curiosamente, a primeira grande oportinidade para golo pertenceu aos praienses que, aos seis minutos, poderiam ter inaugurado o marcador, caso Nuno Rodrigues, completamente solto na área 'serrana', tivesse sido mais lesto no desenvolvimento do lance. Este viria, aliás, a ser o único foco de perigo criado pelos pupilos de Bruno Ramusga. De resto, o índice de posse de bola pendeu sempre em grande escala para o lado da formação forasteira, sem no entanto criar oportunidades para avançar no marcador, excluindo um momento em que Fábio proporcionou uma excelente intervenção a Gil. Quando toda a gente já esperava o nulo no final dos primeiros 45 minutos, surgiu um cruzamento da direita apanhando completamente desmarcado o lateral direito Delgado que, de forma fácil, deu vantagem à sua equipa. Foi um duro golpe para a equipa da Praia da Vieira que tudo fez, em termos de determinação defensiva, para ir para o intervalo com o empate.
A papel químico
Os segundos 45 minutos foram quase tirados a papel químico, não obstante os 'serranos' tivessem subido os índices de posse de bola. No entanto, diga-se de passagem, a sua eficácia no último terço de terreno manteve-se muito abaixo dos seus níveis habituais. Por seu lado, o Praia da Vieira ia-se batendo com o mesmo empenho, mas não conseguia mais do que lançar bolas altas para a zona defensiva do União da Serra, onde Parracho se mostrava 'dono e senhor', podendo mesmo ser considerado como o melhor jogador em campo. Nestes últimos 45 minutos, apenas um remate à trave enviado por Niné, o homem que viria a 'matar' o jogo à passagem dos 80 minutos. Domingos Lavinha, algo contestado pelos praienses, apenas nos deixou uma dúvida: aos 79 minutos um atleta da casa pareceu-nos travado em falta perto da área dos 'serranos'. No contra-ataque que se seguiu, o União da Serra marcou o segundo golo. Falta-nos o replay para termos certezas.
Ângelo Gomes (Diário de Leiria)