Taça de Portugal /3ªEliminatória É certo e sabido que na festa da Taça, na maior parte das vezes a história dos tomba-gigantes ocorrem precisamente porque o «grande» se desmazela, entra com atitude sobranceira e acaba por pagar por tabela. Não foi, no entanto, o que aconteceu na tarde deste sábado no Magalhães Pessoa de Leiria, onde o Boavista levou de vencida a União sem grandes problemas, muito graças a uma entrada autoritária na partida.
No jogo que marcou a estreia de Miguel Leal no banco do conjunto portuense, o Boavista procurou controlar a partida desde o arranque, ditando leis com um bloco mais subido e procurando explorar as arrancadas dos velozes Iuri Medeiros e Bukia. Não tardou muito até os axadrezados ganharem vantagem, ao décimo minuto, num golo a meias entre Iuri Medeiros e o defesa Rukas. O mais difícil, em teoria, estava feito. No entanto, o segundo golo apareceu de rompante, isto depois de mais uma boa tentativa de Iuri Medeiros: canto cobrado por Carraça no lado esquerdo e o gigante Lucas impôs-se de cabeça, como é habitual, não dando quaisquer hipóteses ao guardião da casa, Wilson.
Até ao intervalo, os leirienses procuram responder, mas sempre de forma ténue e sem grande objetividade. Porém, a tarefa acabou por se complicar ainda mais, na sequência da expulsão do médio ofensivo Ernest, por ter atingido com o cotovelo, de forma ostensiva, o central boavisteiro Henrique. Após 45 minutos de futebol debaixo de um cenário de chuva e sol, a vantagem dos nortenhos justificava-se plenamente.
O recomeço da partida foi bastante aberto, com Agayev a ter de se aplicar para evitar o golo do conjunto do Lis em pelo menos duas ocasiões e com o guardião rival Wilson a ser igualmente importante travando um terceiro golo do conjunto axadrezado, que deixaria as coisas resolvidas. Apesar de tudo, a partida foi perdendo vivacidade, dado que a crença e capacidade de reação dos donos da casa se foi desvanecendo e o Boavista controlava o desenrolar das ações sem qualquer esboço de stress.
À entrada para os últimos 25 minutos, finalmente os técnicos decidiram mexer nas equipas, com Kata a lançar o agitador Kevyn e Miguel Leal a apostar em Renato Santos e pouco depois no internacional maltês Schembri. Na verdade, o jogo voltou a ter alguma intensidade na parte final, mas tanto de um lado como do outro o acerto não foi o melhor. E assim segue rumo à quarta eliminatória uma «pantera» avessa a surpresas…
FICHA DE JOGO
Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria
Espectadores: Cerca de 1.100.
Árbitro: Manuel Oliveira (AF Porto)
Árbitros-assistentes: Pedro Ribeiro e Tiago Leandro
Quarto árbitro: Pedro Maia
UNIÃO DE LEIRIA: Wilson; Filipe Brigues, Anilton, Rukas, Kaká; Tony Correia, Fábio Pereira (João Coimbra, 84m); André Azevedo, Diego (Afonso Caetano, 75m), Ernest; Jorginho (Serge Kevyn, 66m).
Suplentes não utilizados: Ricardo Neves, Denis, Pepo e Amessan.
Nuno Kata, treinador da União de Leiria, na sequência da derrota frente ao Boavista (0-2) para a 3.ª eliminatória da Taça de Portugal:
«O balanço da participação na Taça é positivo. Defrontámos duas grandes equipas, eliminámos uma (Portimonense) e perdemos agora com um histórico como o Boavista.
No jogo de hoje, a nossa estratégia foi por água abaixo cedo, não podíamos ter sofrido golos nos primeiros 15/20 minutos. Queríamos jogar com a instabilidade do Boavista.
Os meus jogadores foram fiéis àquilo que pedimos. Aqui ou ali, mesmo com dez, fomos espreitando o contra-ataque mas não deu. Mesmo com a expulsão do Ernest, não perdi as esperanças e acho que até tivemos boas oportunidades. O 2-0 é um resultado enganador. Podíamos ter feito Taça mas não foi possível.»
A UD Leiria regressou às vitórias e logo com uma goleada em Oleiros, num jogo que ficou resolvido na primeira parte.
A UD Leiria chegou cedo ao golo após uma jogada de combinação entre Kaká e Jorginho em que o lance parecia perdido, mas uma má abordagem ao lance do guarda-redes António deu a possibilidade a Kaká de inaugurar o marcador (5’). Não foi preciso esperar muito para a UD Leiria voltar a marcar, desta vez por Anilton que cabeceou certeiro após canto de Amessan (20’).
A ARC Oleiros tentou reagir, mas a UD Leiria voltou a mostrar eficácia num lance de contra-ataque em que André Azevedo cruzou para o segundo poste onde apareceu Amessan a fazer o 0-3 (33’).
Já perto do intervalo, a UD Leiria deu a estoca final quando aproveitou um mau passe do meio campo da equipa da casa para encetar um contra-ataque em que Kaká serviu Jorginho, com o avançado a trabalhar bem na área e a rematar cruzado para o 0-4 (43’).
A segunda parte foi mais repartida, mas a UD Leiria teve sempre o jogo controlado.|
Taça de Portugal /3ªEliminatória
ResponderEliminarÉ certo e sabido que na festa da Taça, na maior parte das vezes a história dos tomba-gigantes ocorrem precisamente porque o «grande» se desmazela, entra com atitude sobranceira e acaba por pagar por tabela. Não foi, no entanto, o que aconteceu na tarde deste sábado no Magalhães Pessoa de Leiria, onde o Boavista levou de vencida a União sem grandes problemas, muito graças a uma entrada autoritária na partida.
No jogo que marcou a estreia de Miguel Leal no banco do conjunto portuense, o Boavista procurou controlar a partida desde o arranque, ditando leis com um bloco mais subido e procurando explorar as arrancadas dos velozes Iuri Medeiros e Bukia. Não tardou muito até os axadrezados ganharem vantagem, ao décimo minuto, num golo a meias entre Iuri Medeiros e o defesa Rukas. O mais difícil, em teoria, estava feito. No entanto, o segundo golo apareceu de rompante, isto depois de mais uma boa tentativa de Iuri Medeiros: canto cobrado por Carraça no lado esquerdo e o gigante Lucas impôs-se de cabeça, como é habitual, não dando quaisquer hipóteses ao guardião da casa, Wilson.
Até ao intervalo, os leirienses procuram responder, mas sempre de forma ténue e sem grande objetividade. Porém, a tarefa acabou por se complicar ainda mais, na sequência da expulsão do médio ofensivo Ernest, por ter atingido com o cotovelo, de forma ostensiva, o central boavisteiro Henrique. Após 45 minutos de futebol debaixo de um cenário de chuva e sol, a vantagem dos nortenhos justificava-se plenamente.
O recomeço da partida foi bastante aberto, com Agayev a ter de se aplicar para evitar o golo do conjunto do Lis em pelo menos duas ocasiões e com o guardião rival Wilson a ser igualmente importante travando um terceiro golo do conjunto axadrezado, que deixaria as coisas resolvidas. Apesar de tudo, a partida foi perdendo vivacidade, dado que a crença e capacidade de reação dos donos da casa se foi desvanecendo e o Boavista controlava o desenrolar das ações sem qualquer esboço de stress.
À entrada para os últimos 25 minutos, finalmente os técnicos decidiram mexer nas equipas, com Kata a lançar o agitador Kevyn e Miguel Leal a apostar em Renato Santos e pouco depois no internacional maltês Schembri. Na verdade, o jogo voltou a ter alguma intensidade na parte final, mas tanto de um lado como do outro o acerto não foi o melhor. E assim segue rumo à quarta eliminatória uma «pantera» avessa a surpresas…
FICHA DE JOGO
Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria
Espectadores: Cerca de 1.100.
Árbitro: Manuel Oliveira (AF Porto)
Árbitros-assistentes: Pedro Ribeiro e Tiago Leandro
Quarto árbitro: Pedro Maia
UNIÃO DE LEIRIA: Wilson; Filipe Brigues, Anilton, Rukas, Kaká; Tony Correia, Fábio Pereira (João Coimbra, 84m); André Azevedo, Diego (Afonso Caetano, 75m), Ernest; Jorginho (Serge Kevyn, 66m).
Suplentes não utilizados: Ricardo Neves, Denis, Pepo e Amessan.
BOAVISTA: Agayev; Tiago Mesquita, Henrique, Lucas, Talocha; Carraça, Idris (Tengarrinha, 85m); Iuri Medeiros, Fábio Espinho, Bukia (Renato Santos, 67m); Erivelto (Schembri, 72m).
Suplentes não utilizados: Mickaël Meira, Philipe Sampaio, Anderson Carvalho e Digas.
GOLOS: Rukas (p.b., 11m) e Lucas (17m).
Disciplina: Ernest (36m), Carraça (53m), Henrique (59m), Fábio Espinho (84m), Tiago Mesquita (89m). Vermelho: Ernest (41m).
MAIS FUTEBOL
Nuno Kata, treinador da União de Leiria, na sequência da derrota frente ao Boavista (0-2) para a 3.ª eliminatória da Taça de Portugal:
ResponderEliminar«O balanço da participação na Taça é positivo. Defrontámos duas grandes equipas, eliminámos uma (Portimonense) e perdemos agora com um histórico como o Boavista.
No jogo de hoje, a nossa estratégia foi por água abaixo cedo, não podíamos ter sofrido golos nos primeiros 15/20 minutos. Queríamos jogar com a instabilidade do Boavista.
Os meus jogadores foram fiéis àquilo que pedimos. Aqui ou ali, mesmo com dez, fomos espreitando o contra-ataque mas não deu. Mesmo com a expulsão do Ernest, não perdi as esperanças e acho que até tivemos boas oportunidades. O 2-0 é um resultado enganador. Podíamos ter feito Taça mas não foi possível.»
MAIS FUTEBOL
A UD Leiria regressou às vitórias e logo com uma goleada em Oleiros, num jogo que ficou resolvido na primeira parte.
ResponderEliminarA UD Leiria chegou cedo ao golo após uma jogada de combinação entre Kaká e Jorginho em que o lance parecia perdido, mas uma má abordagem ao lance do guarda-redes António deu a possibilidade a Kaká de inaugurar o marcador (5’). Não foi preciso esperar muito para a UD Leiria voltar a marcar, desta vez por Anilton que cabeceou certeiro após canto de Amessan (20’).
A ARC Oleiros tentou reagir, mas a UD Leiria voltou a mostrar eficácia num lance de contra-ataque em que André Azevedo cruzou para o segundo poste onde apareceu Amessan a fazer o 0-3 (33’).
Já perto do intervalo, a UD Leiria deu a estoca final quando aproveitou um mau passe do meio campo da equipa da casa para encetar um contra-ataque em que Kaká serviu Jorginho, com o avançado a trabalhar bem na área e a rematar cruzado para o 0-4 (43’).
A segunda parte foi mais repartida, mas a UD Leiria teve sempre o jogo controlado.|
Texto: Miguel Santos - Diário de Leiria