É com enorme prazer que estou a escrever pela primeira vez num blog que tem feito uma excelente cobertura de tudo o que se passa no distrito de Leiria. Apesar de há muito ter recebido este honroso convite para colaborador, só agora me foi possível relatar algo sobre o futebol local, já que, por motivos profissionais, fui obrigado a colocar um ponto final na minha carreira de atleta e, claro está, foi-me de todo impossibilitado o acompanhamento de jogos desta natureza.
Assim, está dado o meu pontapé de saída e, para apadrinhar a minha estreia, nada melhor que falar do clube que mais me diz na divisão de honra, da A.F.L.
MARRAZES 1-1 ALQUEIDÃO DA SERRA
Este foi o primeiro jogo que tive oportunidade de assistir do Marrazes nesta temporada, isto apesar de, pelos jornais ou amigos, saber dos resultados que os mesmos vinham obtendo semana após semana. Confesso que fiquei surpreendido pela positiva em relação àquilo que vi. Não falo unicamente da equipa do Leiria e Marrazes, falo também do Alqueidão e do bom espectáculo que ambas as equipas proporcionaram, principalmente no primeiro tempo. As duas equipas mostraram, em largos períodos, bom futebol, procuraram jogar o jogo pelo jogo, tentaram, dentro das suas possibilidades e limitações, jogar com a bola no chão, e, como tal, o espectáculo ficou a ganhar. Há que dizer também que a equipa de arbitragem ajudou a que o jogo fosse entretido.
Falando mais especificamente na equipa da casa, notou-se efectivamente trabalho. O jovem treinador, Gonçalo Moleirinho, acabou a época em terceiro lugar e, percebe-se porquê. A equipa marrazense demonstrou uma cultura táctica muito interessante, nunca demonstrou desorganização defensiva, algo que é fundamental no futebol distrital e, outro aspecto que me pareceu muito positivo foram as trânsições defesa-ataque. Dois jogadores de inegável qualidade técnica, no caso, Ganincha e João Alves, são responsáveis pelo jogo ofensivo da equipa. Normalmente, têm duas situações bem delineadas: ou exploram a velocidade e capacidade técnica dos alas (Bé e Miguel), ou jogam directo no ponta-de-lança Mauro que, pela sua capacidade física e atlética, é capaz de dar profundidade ao ataque, é capaz de ganhar faltas, é capaz de desgastar uma defesa. Pelo exposto, parece-me muito bom o que se está a fazer com uma equipa que, para além de ser muito jovem, não recebe qualquer verba e, mais importante que isso, nunca teve o espírito de lutar por outros objectivos que não os da permanência na divisão de honra. Está no bom caminho esta equipa e, no próximo ano, com um campo mais de acordo com a dimensão do clube e com mais um ou outro ajuste, pode finalmente aspirar a lutar pela súbida de divisão.
No que diz respeito ao jogo propriamente dito, creio que o resultado reflecte aquilo que foi a partida. Na primeira parte, o Marrazes foi superior, isto apesar de, em contra-ataque, o Alqueidão nunca ter deixado de assustar o guarda-redes Cacola. Apoiada numa posse de bola sólida e na exploração das faixas laterais, nomeadamente com a inclusão do rápido lateral direito Ruben, a equipa do Leiria e Marrazes foi controlando os acontecimentos e nunca permitiu ao adversário ter bola. Numa bonita jogada pelo lado direito onde o avançado Mauro, sempre colaborativo, mostrou mais uma vez toda a sua capacidade em jogar de costas para a baliza adversária, surgiu o primeiro golo do jogo. Rúben, aventurou-se no ataque e, tabelando com Mauro, isolou-se e fez balançar as redes pela primeira vez. Estava feito o 1-0, resultado com que se chegou ao intervalo.
Na segunda parte, o jogo teve outro cariz. Para isso, muito contribuiu a substituição efectuada por Kimmel, treinador do Alqueidão, ao intervalo. O técnico forasteiro tirou o médio centro Pimenta e lançou o extremo esquerdo Fernando, isto com o intuito de travar as investidas de Rúben pelo flanco direito. Ora, o esquerdino do Alqueidão entrou muito bem na partida e foi o grande impulsionador do ataque serrano. O Marrazes não mais conseguiu criar perigo pelas alas e, só em contra-ataque ou de bola parada, conseguia levar a bola perto da área de Domingues, guarda-redes do Alqueidão.
Quando estavam decorridos sensivelmente 15 minutos, o Alqueidão chegou, com justiça, à igualdade. O capitão Plim foi o autor do golo, diga-se, um grande remate de fora da área a uns bons 30 metros.
Até final, o jogo foi caíndo de qualidade, algo que se pode explicar pelo natural final de temporada. Foi pena para todos aqueles que assistiram ao jogo e ficaram algo desgostosos por não terem assistido a um segundo tempo da qualidade que foi o primeiro. Ainda assim, parabéns às três equipas que mostraram que, afinal, até há bons valores no futebol distrital.
NOTA: Não gostaria de terminar sem antes de fazer uma alusão ao meu blog (gdsa.blogspot.com). Todos os leitores estão convidados a dar uma espreitadela num espaço que fala essencialmente de futebol.
Assim, está dado o meu pontapé de saída e, para apadrinhar a minha estreia, nada melhor que falar do clube que mais me diz na divisão de honra, da A.F.L.
MARRAZES 1-1 ALQUEIDÃO DA SERRA
Este foi o primeiro jogo que tive oportunidade de assistir do Marrazes nesta temporada, isto apesar de, pelos jornais ou amigos, saber dos resultados que os mesmos vinham obtendo semana após semana. Confesso que fiquei surpreendido pela positiva em relação àquilo que vi. Não falo unicamente da equipa do Leiria e Marrazes, falo também do Alqueidão e do bom espectáculo que ambas as equipas proporcionaram, principalmente no primeiro tempo. As duas equipas mostraram, em largos períodos, bom futebol, procuraram jogar o jogo pelo jogo, tentaram, dentro das suas possibilidades e limitações, jogar com a bola no chão, e, como tal, o espectáculo ficou a ganhar. Há que dizer também que a equipa de arbitragem ajudou a que o jogo fosse entretido.
Falando mais especificamente na equipa da casa, notou-se efectivamente trabalho. O jovem treinador, Gonçalo Moleirinho, acabou a época em terceiro lugar e, percebe-se porquê. A equipa marrazense demonstrou uma cultura táctica muito interessante, nunca demonstrou desorganização defensiva, algo que é fundamental no futebol distrital e, outro aspecto que me pareceu muito positivo foram as trânsições defesa-ataque. Dois jogadores de inegável qualidade técnica, no caso, Ganincha e João Alves, são responsáveis pelo jogo ofensivo da equipa. Normalmente, têm duas situações bem delineadas: ou exploram a velocidade e capacidade técnica dos alas (Bé e Miguel), ou jogam directo no ponta-de-lança Mauro que, pela sua capacidade física e atlética, é capaz de dar profundidade ao ataque, é capaz de ganhar faltas, é capaz de desgastar uma defesa. Pelo exposto, parece-me muito bom o que se está a fazer com uma equipa que, para além de ser muito jovem, não recebe qualquer verba e, mais importante que isso, nunca teve o espírito de lutar por outros objectivos que não os da permanência na divisão de honra. Está no bom caminho esta equipa e, no próximo ano, com um campo mais de acordo com a dimensão do clube e com mais um ou outro ajuste, pode finalmente aspirar a lutar pela súbida de divisão.
No que diz respeito ao jogo propriamente dito, creio que o resultado reflecte aquilo que foi a partida. Na primeira parte, o Marrazes foi superior, isto apesar de, em contra-ataque, o Alqueidão nunca ter deixado de assustar o guarda-redes Cacola. Apoiada numa posse de bola sólida e na exploração das faixas laterais, nomeadamente com a inclusão do rápido lateral direito Ruben, a equipa do Leiria e Marrazes foi controlando os acontecimentos e nunca permitiu ao adversário ter bola. Numa bonita jogada pelo lado direito onde o avançado Mauro, sempre colaborativo, mostrou mais uma vez toda a sua capacidade em jogar de costas para a baliza adversária, surgiu o primeiro golo do jogo. Rúben, aventurou-se no ataque e, tabelando com Mauro, isolou-se e fez balançar as redes pela primeira vez. Estava feito o 1-0, resultado com que se chegou ao intervalo.
Na segunda parte, o jogo teve outro cariz. Para isso, muito contribuiu a substituição efectuada por Kimmel, treinador do Alqueidão, ao intervalo. O técnico forasteiro tirou o médio centro Pimenta e lançou o extremo esquerdo Fernando, isto com o intuito de travar as investidas de Rúben pelo flanco direito. Ora, o esquerdino do Alqueidão entrou muito bem na partida e foi o grande impulsionador do ataque serrano. O Marrazes não mais conseguiu criar perigo pelas alas e, só em contra-ataque ou de bola parada, conseguia levar a bola perto da área de Domingues, guarda-redes do Alqueidão.
Quando estavam decorridos sensivelmente 15 minutos, o Alqueidão chegou, com justiça, à igualdade. O capitão Plim foi o autor do golo, diga-se, um grande remate de fora da área a uns bons 30 metros.
Até final, o jogo foi caíndo de qualidade, algo que se pode explicar pelo natural final de temporada. Foi pena para todos aqueles que assistiram ao jogo e ficaram algo desgostosos por não terem assistido a um segundo tempo da qualidade que foi o primeiro. Ainda assim, parabéns às três equipas que mostraram que, afinal, até há bons valores no futebol distrital.
NOTA: Não gostaria de terminar sem antes de fazer uma alusão ao meu blog (gdsa.blogspot.com). Todos os leitores estão convidados a dar uma espreitadela num espaço que fala essencialmente de futebol.
Bem vindo amigo Rocha! De facto o Marrazes fez uma época fenomenal e mais ainda se tivermos em conta que na época passad se salvou da despromoção apenas na última jornada. E para isso muito contribuiu o trabalho do Gonçalo Moleirinho, sem dúvida fez um trabalho magnífico e a merecer outros voos. Em breve vamos ter a honra de ter on-line uma entrevista com ele, em que aborda diversos temas .Quanto ao teu excelente blog, foi uma falha minha não o ter adicionado ainda no template, vou faze-lo agora . Abraço
ResponderEliminarRocha só faltou o comentário à apresentação dos miudos dos marrazes...
ResponderEliminarBoas Tanque! Sim, não há dúvida que tem de se dar mérito ao Gonçalo Moleirinho que praticamente com a mesma equipa que um ano atrás lutava para não descer, este ano quase surpreendeu a Serra. A ver vamos se para o ano o Marrazes consegue definitivamente assumir-se como um candidato real à subida de divisão.
ResponderEliminarPois, de facto também poderia ter falado da bonita festa que foi terem estado tantos miudos a ver o jogo. Ficou efectivamente demonstrado que as camadas jovens do Marrazes estão bem vivas e a isso não é alheio o facto de Sporting e Benfica estarem constantemente atentos ao futebol juvenil do clube.
Faltou dizer isto, de facto!
Se eles disserem que vao ser candidatos á subida para o ano, descem de certeza, se comecarem com essas manias das grandezas e da maneira que vem parar la a baixo mais rapido...
ResponderEliminarOu que os empurram para baixo
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