sexta-feira, junho 07, 2019

Pepo e João Freitas projectam uma eliminatória que começa… à porta fechada

As meias finais do ‘play-off’ do Campeonato de Portugal marcam dois reencontros. Num lado, o SC Praiense x Casa Pia, equipas que se cruzaram na Série D, no outro teremos o duelo entre UD Leiria e Vilafranquense, que este ano foram adversários na Série C. 
Pepo (UD Leiria) e João Freitas (Vilafranquense), ambos presentes no onze do ano da Série C, aceitaram o convite do zerozero para perspetivarem uma eliminatória que já ficou marcada pelas piores razões. Isto porque o primeiro será à porta fechada, por culpa do castigo imposto pelo Conselho de Disciplina aos leirienses.

«Estamos prontos para o desafio»

Após uma fase regular longa, que terminou com a primeira posição da Série C, a União de Leiria venceu os dois jogos dos quartos-de-final do ‘play-off’, frente ao Lourosa, e a equipa de Filipe Cândido está pronta para enfrentar o próximo desafio.
«Penso que ninguém na equipa está a sentir a pressão de forma errada. É uma responsabilidade muito grande, mas estamos prontos para o desafio», assegura Pepo, em conversa com o zerozero.
O histórico de confrontos na presente temporada é favorável ao Vilafranquense – venceu um jogo e empatou outro -, mas o camisola 8 dos leirienses defende que isso não terá influência para esta eliminatória. «Os jogos do campeonato são sempre diferentes de um jogo a eliminar. Esse empate e essa derrota aconteceram nas duas piores fases da nossa equipa na temporada. Não que sirva de desculpa, mas a verdade é essa. São duas equipas muito equilibradas, cada um dos treinadores conhece muito bem a equipa adversária e vai ser um jogo interessante por causa disso. O segredo vai estar no pormenor», considera. A primeira mão das meias é no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, e à porta fechada. Depois de receberem o Lusitânia Lourosa (2x0) sem público, este será o segundo jogo de castigo imposto à UD Leiria.
«Temos jogos à porta fechada na pré-época e são aqueles jogos chatos que ninguém gosta de fazer, mas que são necessários para preparar a temporada. Gostamos de ver pessoas nas bancadas e de perceber que elas estão a gostar daquilo que estão a ver. Este castigo não faz sentido numa fase destas, mas não há nada a fazer…», atira Pepo. Muitos anos em Leiria, na formação e já quatro enquanto sénior, a subida de divisão é um sonho que tem fugido nas últimas épocas. «Se pudesse programar os meus sonhos por etapas, a próxima etapa seria subir de divisão. Esta é a 4.ª temporada, em todas estivemos a lutar para subir, e este ano não queremos cometer os erros do passado. Sentimos que estamos muito perto mais uma vez e chegar lá seria um sonho», remata.

«Não faz sentido jogarmos sem público»

A cumprir a segunda temporada em Vila Franca de Xira, João Freitas está pelo segundo ano consecutivo à defesa de um dos quatro candidatos à subida. Apesar do cansaço, o central assegura uma frescura mental para atacar as meias.
«Já são muitos jogos acumulados, é normal que o cansaço se acumule e neste caso a frescura física talvez não seja a melhor. É completamente natural. Mas, nesta fase, as quatro equipas têm um objetivo muito grande, por isso acredito que mentalmente estejam todas muito fortes», explica ao nosso site. Nesta altura há poucos segredos, sobretudo quando estamos perante duas equipas que já se defrontaram por duas vezes, esta temporada. Afinal, o que se pode esperar nesta eliminatória? «Apesar de não termos perdido os dois jogos que fizemos contra a UD Leiria, agora vão ser jogos diferentes. Aqui o impacto é outro. Estamos a falar de dois jogos que podem decidir uma subida de divisão. Não podemos pensar que vai ser fácil. Está muito longe disso. Vai ser uma luta até ao fim, com dois jogos muito equilibrados, e uma das duas equipas vai ter a felicidade que não teve no passado», analisa. E tal como Pepo, também João Freitas não compreende a decisão de se punir uma equipa com jogos à porta fechada nesta fase.
«Os adeptos são fundamentais para criar bom ambiente e bom espetáculo. Sem eles não faz sentido. Vai parecer um jogo-treino e não é isso que os jogadores querem… Não é isso que o futebol quer…. Não faz sentido nenhum, numa fase destas, jogarmos sem público, mas infelizmente vamos ter de jogar dessa forma. Muito triste para o futebol», assinala João Freitas. E se no caso da UD Leiria a subida seria o regresso às ligas profissionais, a promoção do Vilafranquense seria um momento histórico para o clube. «Seria um feito muito bonito, pois o Vilafranquense nunca esteve num campeonato profissional. Seria fantástico para nós entrar na história do clube e escrever mais uma página bonita. E seria muito importante para a cidade também», anota. Mensagem para os adeptos: Pepo: «Mesmo sem o público no estádio neste último jogo, quando fizemos o golo conseguimos sentir o apoio vindo de fora do estádio [n.d.r: adeptos concentraram-se no exterior do estádio a ver o jogo num ecrã gigante]. Se estiveram 100 no último domingo, que vão agora 200 ou 300. Acreditem que sentimos esse apoio. Têm sido extraordinários.» João Freitas: «Gostava de pedir-lhes para estarem em Leiria, mas não vai ser possível. Por isso, fiquem a torcer por nós em Vila Franca de Xira ou noutro sítio qualquer. Que enviem energia positiva e que acreditem na nossa equipa. Já demonstramos que somos capazes, que nos unimos nas adversidades e que demos sempre a volta por cima.»

Rodrigo Coimbra - Site ZeroZero

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