sexta-feira, outubro 03, 2014

Câmara Municipal dá nega ao AC Marinhense

O executivo municipal da Marinha Grande reuniu na manhã de sexta-feira, dia 26, para analisar a possibilidade de adquirir o Campo da Portela, ou assumir o papel de fiador do AC Marinhense. A autarquia rejeitou os dois cenários.
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O Atlético Clube Marinhense (ACM) conti-nua em maus lençóis. O clube da Portela tem às costas uma penhora da Medeiros & Man-celos que incide sobre os 20.001 metros quadrados da Portela, em zona nobre da cidade. Não tendo capacidade financeira para liquidar os 230 mil euros da dívida à construtora, a direção do ACM pediu ajuda à Câmara, sugerindo duas soluções possíveis. A primeira prevê que o AC Marinhense contraia um empréstimo bancário para liquidar a dívida à Medeiros & Mancelos, assumindo a Câmara da Marinha Grande o papel de fiador. Outra solução seria a autarquia adquirir o terreno, pagando a dívida ao credor. Paralelamente, cedia os terrenos ao ACM para a sua atividade desportiva. Estas propostas foram analisadas na manhã de sexta-feira pelo executivo municipal e a de-cisão foi inequívoca: não!
O JMG sabe que a autarquia invocou razões de natureza legal para recusar o pedido do ACM, ou seja, a lei em vigor não permite à Câmara qualquer dos cenários propostos.
A Lei dos Compromissos inviabiliza qualquer possibilidade da autarquia despender 230 mil euros no imediato. 
Assim, o AC Marinhense vai ter que encontrar uma solução alternativa num contexto que não deverá passar pela intervenção da Câmara. Há a possibilidade de um investidor avançar com o dinheiro ou um grupo de sócios assumir a dívida perante a Medeiros & Mancelos e ficar com a garantia do terreno.

Leclerc ao ataque
Entretanto, o JMG apurou que os franceses do E.Leclerc avançaram com uma ação cível em tribunal para serem ressarcidos dos 800 mil euros que pagaram para desistir do negócio de compra do Campo da Portela. 
Ao que apurámos, a cadeia de distribuição entende que o ACM não poderia ter feito a venda dos terrenos pelo facto de estes terem sido negociados com a Medeiros & Mancelos, logo terá que devolver o dinheiro que recebeu.
Fonte do AC Marinhense não mostra gran-de preocupação com o processo judicial. Ali-ás, garante que esta será mais uma oportuni-dade para o AC Marinhense demonstrar que é credor do E.Leclerc, e não o contrário.
Para breve está a leitura do acórdão do processo que o ACM interpôs contra os fran-ceses, em que reclama cerca de 1 milhão de euros referentes à quebra do contrato-promes-sa de compra e venda estabelecido entre as partes. Recorde-se que o E.Leclerc prometeu comprar a Portela por 3 milhões de euros, avançou com 1,5 milhões de sinal e acabou por desistir do negócio. Para beneficiar o clube, pagou 800 mil euros, valor que pretende recuperar. Um processo que promete arrastar-se pelos tribunais.

Jornal da Marinha

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