quarta-feira, julho 24, 2019

Processo do alegado ‘jogo da mala’ foi arquivado

O processo do alegado ‘jogo da mala’ que envolvia o Beneditense, o Alqueidão da Serra, o Mirense e o Portomosense foi arquivado pelo Conselho de Disciplina (CD) da Associação de Futebol de Leiria (AFL).
O caso remonta a 19 de Maio de 2018 quando se disputou a última jornada da Divisão de Honra LizSport, jornada essa decisiva para o Mirense e o Beneditense que discutiam a manutenção no principal escalão do futebol distrital. O resultado final dos jogos que envolviam estas duas equipas acabou por ‘condenar’ à descida o Beneditense, mas o presidente do clube da Benedita não calou a revolta, alegando ter havido ‘jogo da mala’.
Nesse sentido, o Beneditense enviou à AFL um documento onde aponta os nomes dos agentes desportivos e os clubes envolvidos neste esquema, tendo aquele organismo aberto um processo de averiguação ao próprio Beneditense, ao CCR Alqueidão da Serra, à AD Portomosense e à UR Mirense, clubes directa ou indirectamente envolvidos na luta pela descida.
“Não tomámos esta medida pelo facto do Beneditense ter descido de divisão. Fazemos isto pela verdade desportiva”, ressalvou naquela altura o presidente do Beneditense, Luís Lopes, acrescentando que tomou conhecimento de “determinadas coisas” que são “muito graves”. “Estou a falar do ‘jogo da mala’. Andaram a oferecer dinheiro. Tenho os nomes e os clubes, e enviei essa informação à AFL”, acrescentou em exclusivo ao Diário de Leiria.
Por outro lado, o presidente do Mirense, António Lima, considerou as acusações “uma palhaçada” e condenou o clima de suspeição.
Um mês e meio depois da polémica, é conhecida a decisão do CD da AFL que decidiu arquivar o processo. O Diário de Leiria teve acesso ao relatório final e nele pode ler-se que o instrutor do processo acredita “não existir matéria de facto que permita a prova de infracção disciplinar para instauração de processo”, pelo que propôs ao CD o “arquivamento do processo de averiguações”.
“Nas declarações prestadas pelos elementos pertencentes ao Beneditense não se conseguiu a identificação de elementos que pudessem trazer aos autos indícios da ilicitude de atos puníveis no âmbito do Regulamento Disciplinar. Dos elementos que foram identificados, o treinador do CCR Alqueidão da Serra refutou e negou o facto de ter tido conhecimento de qualquer contacto (...) pela UR Mirense no sentido de serem recompensados em caso de vitórias (…). O outro elemento identificado e jogador do Beneditense, Vítor Maranhão, apesar das diligências efectuadas, não compareceu à inquirição”, pode ler-se no documento.
Por outro lado, ao que o Diário de Leiria conseguiu apurar, nenhum jogador, dirigente ou elemento da equipa técnica de Mirense e Portomosense foram chamados a prestar declarações ou esclarecimentos. Recorde-se que o jogo entre estas duas equipas acabou com o resultado de 3-3, um empate que permitiu ao Mirense garantir a manutenção, isto depois de ter estado a perder por 3-0. |

Texto: José Roque - Diário de Leiria
Foto: Vítor Santana

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