quinta-feira, setembro 17, 2020

GRAP “vai a jogo” no domingo apesar do futuro ainda ser incerto

O futuro do Grupo Recreativo Amigos da Paz (GRAP) continua muito incerto, mas uma coisa é certa: a formação dos Pousos vai marcar presença no jogo da ronda inaugural do Campeonato de Portugal, marcado para o próximo domingo,frente aos ‘vizinhos’ do AC Marinhense.Quem o confirma é Carlos Borges, nome mais forte para assegurar a presidência do emblema dos Pousos. “A única coisa que posso confirmar é que vamos a jogo no domingo. Tentámos pedir o adiamento da partida tanto ao presidente do AC Marinhense como ao director desportivo, mas esse pedido foi rejeitado, pelo que a única coisa que posso garantir é que o GRAP vai a jogo no domingo”, assegurou Carlos Borges.Contactado pelo Diário de Leiria, o responsável não quis tecer quaisquer comentários às diversas perguntas colocadas pelo nosso jornal, nomeadamente que projecto tem pensado para o GRAP e quais os jogadores e treinador que vão a jogo.Recorde-se que a 29 de Agosto, a direcção do GRAP, presidida por Manuel da Ponte, anunciou em comunicado que o clube iria desistir de participar no Campeonato de Portugal, alegando não haver condições financeiras para o fazer. A notícia caiu que nem uma ‘bomba’ nos Pousos, isto numa fase em que o clube já tinha anunciado renovações e contratações de jogadores para ‘atacar’ a nova época.Tendo em conta a contestação generalizada teve lugar uma assembleia-geral no dia 3 de Setembro em que a direcção do GRAP apresentou aos associados a actual situação desportiva do clube e anunciou a sua demissão em bloco.Tendo em conta um possível vazio directivo, no dia 7 de Setembro, teve lugar uma assembleia-geral extraordinária para a apresentação de listas candidatas à presidência do clube para o biénio 2020/2022. Apesar de não terem surgido listas, Carlos Borges, antigo coordenador do futebol de formação do GRAP, adiantou estar disponível para constituir uma lista, tendo o presidente da mesa da assembleia dado co­mo prazo a próxima sexta- -feira (dia 18) para fazer uma lista, data de nova assembleia extraordinária para “apresentação das contas” e “apresentação e votação das listas candidatas aos órgãos sociais do GRAP”, conforme se pode ler na convocatória.Ao que o Diário de Leiria conseguiu apurar, Carlos Borges tem feito várias diligências no sentido de atrair investidores para o GRAP, estando as negociações bem encaminhadas para que o ‘casamento’ seja consumado em breve. Aliás, desde segunda-feira que um grupo de jogadores tem vindo a treinar nos Pousos às ordens do técnico Ricardo Monsanto, sendo este um forte indício que a escolha recaiu no treinador de 41 anos, ex-CAC Pontinha.

Marco Aurélio diz-se “desiludido”
Com as indefinições directivas no GRAP quem acabou por sofrer foram os jogadores e a equipa técnica que, de um momento para o outro, viram-se esfumar o desejo de participar no Campeonato de Portugal (CP). A decisão da agora direcção demissionária de não participar na competição deixou todos à beira de um ataque de nervos, isto porque jogadores e equipa técnica já se preparavam para retornar os treinos.Com o pedido de demissão da direcção liderada por Manuel da Ponte e a perspectiva da vinda de novos elementos que pudessem assegurar a viabilidade de participação no CP houve uma luz ao fundo do túnel para os atletas, mas rapidamente perceberam que não fariam parte do projecto.“A partir do momento em que disseram aos jogadores que iriam estar à experiência, está tudo dito. Foi uma facada muito grande a todo o grupo que trabalhou muito nos últimos anos para subir de divisão e não merecia ser tratado desta forma”, contou Marco Aurélio, treinador que teria a missão de liderar a equipa no CP.O técnico diz ainda que ninguém falou com ele, mas “nem foi preciso”. “A partir do momento em que se começou a falar de investidores e a não se dar valor aos jogadores que já lá estavam não foi preciso dizer mais nada e saí pelo meu próprio pé”, contou.“Esperámos o máximo possível por uma solução depois da demissão da direcção, mas para quem veio agora afinal parece que não prestávamos”, disse Marco Aurélio.Por tudo isto, o técnico diz que tanto os jogadores como ele próprio levaram “uma machadada muito grande”. “Estou muito desiludido com o futebol”, concluiu.|

Texto e foto: José Roque - Diário de Leiria

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