sexta-feira, maio 15, 2020

Capitães pedem protecção para jogadores do CP

Os capitães da maioria das equipas do Campeonato de Portugal (CP) de futebol pediram mais protecção para os jogadores do terceiro escalão, interrompido pela pandemia da Covid-19.
 Numa mensagem assinada por 69 capitães de equipas do CP – onde se incluem João Dias (UD Leiria), André Sousa (AC Marinhense), Thomas Militão (Caldas SC) e Miguel Neves (CD Fátima) - e endereçada ao presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) é lembrado que o impacto económico da Covid-19 "tem uma dimensão dramática no CP, campeonato esse onde os clubes lutam para sobreviver com poucas ou nenhumas receitas e os jogadores amadores estão desprotegidos".
 "Estamos preocupados. O campeonato terminou, os clubes pararam e ficaram a faltar dois subsídios aos jogadores. Fica ainda por ter resposta a pergunta de quando iremos voltar a competir. São muitos meses sem nenhuma fonte de rendimento para a maioria, daí que entendemos que a ajuda nesta situação deveria ser diferente e deveria ser clara e efectiva", lê-se.
 Os signatários mostram-se "de acordo com as medidas" tomadas pela FPF após o cancelamento da prova, com a criação de um fundo de apoio aos clubes, entre outras, mas pedem para "que existam regras e que seja para os clubes as cumprirem, que não sejam permitidos projectos poucos responsáveis, que não seja permitido profissionalismo encapotado, que haja uma protecção nos contratos amadores para não desproteger estes atletas".
 Os capitães questionam a FPF porque é que ainda não houve uma prometida reunião com os 72 clubes da prova e porque é que o valor do prémio dos jogadores da selecção portuguesa de apuramento para o Euro2020, doado para os jogadores amadores, foi colocado na linha de crédito aos clubes e não doada aos futebolistas.
 Assim, os signatários sugerem algumas medidas para proteger os atletas do CP, como "definir uma categoria para o jogador do CP, em que o vínculo atleta-clube seja reconhecido, exigir, mediante o orçamento, garantias reais dos investidores que entram nos clubes, para que o atleta não seja ludibriado e enganado".
 "Aplicar um limite de inscrições por equipa; aplicar punições a quem não cumpre com os subsídios (perda de pontos, proibição de inscrições…); permitir que um atleta amador que tenha subsídios em atraso possa desvincular-se do clube sem ter que esse mesmo clube passar uma carta", são outras das medidas propostas.

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